1) A legalização dos birutas
Estamos em 2024 e eu ainda me assusto com certas pessoas falando por aí usando fones de ouvido Bluetooth. Nada contra, nadíssima. Exceto um efeito colateral: a tecnologia legalizou os malucos falando sozinhos pela rua. Se você for biruta e se preocupa com a opinião de desconhecidos na rua, bote um fone de ouvido na orelha e saia por aí. Não precisa nem estar ligado, dá pra deixar o celular em casa, o importante é usar o fone.
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2) Matou ou não matou?
Eu peço perdão aos que devem estar extremamente preocupados com a minha falta de opinião embasada sobre o filmaço Anatomia de Uma Queda. Pois eu acho que a mulher empurrou o cara, porém ela mereceu ser absolvida. Um sujeito inconveniente daquele, enchendo o saco, deu azar e foi pro inferno mais cedo. Naquelas condições, ré-primária, aguentou firme aquele júri pesadíssimo. Tá tudo certo. Uma pessoa nessas condições não vai fazer mais mal a ninguém. Lembrando que a história não é só sobre isso.
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3) Meio inacreditável?
Dias desses soube de um milagre, a existência de um lugar saudável da internet. O jornal The New York Times publica diariamente uma série de jogos na seção The New York Times Games. Para dar dicas aos leitores e comentar o que rola por lá existe uma coluna chamada Wordplay. Essa coluna tem uma caixa de comentários muito popular e frequentada por um grande grupo de fãs que joga e comenta diariamente. E diz que esse canto da world wide web é formado por pessoas muito divertidas e civilizadas. Quando li isso no jornal achei que era uma mentirada, mas cai do cavalo ao descobrir que é isso mesmo. Li vários comentários de muitos posts e, bicho, não encontrei uma baixaria.
Uma história interessante é de uma senhora que comentava diariamente, sumiu por uns dias e deixou outros comentaristas preocupados. O jornal interviu, mandou um e-mail e descobriu que a senhora tinha se acidentado e estava impossibilitada de acessar seu computador. Amigos do grupo foram na casa da mulher ajudá-la!!! Como isso é possível?
Longe mim focar em espaços saudáveis na web. Não parece, mas vez em quando eu tenho responsabilidade com você que está lendo esse texto. Não quero criar falsas expectativas de que existem muitos ambientes como esse.
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4) Um pinto
Trabalhar cansa, mas tira boas risadas, basta querer. Uma das coisas que eu mais gosto são os erros de digitação corporativos. São maravilhosos pois aparecem nas situações mais indesejadas e deselegantes. “Segue anexo seu peido”, “Não recebi seu peido anexo”, “Em nossa puta da semana vamos discutir os budgets”. Recentemente tive contato com um erro inédito, pelo menos pra mim. O querido escreveu: “Não tem um pinto de auto conhecimento”. Embora o correto seja autoconhecimento, o que me interessa é o não-pingo. Sério, um pinto de autoconhecimento. Desejo um pinto de autoconhecimento para você hoje e sempre.
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5) Os caras foram muito inocentes
O uso da Inteligência Artificial (IA em pt-br, AI em en-us) só cresce e a bagunça está completamente fora de controle. Ninguém segura a mão suada de ninguém. Recentemente a família real britânica resolveu botar IA na foto da atual sumida Princesa Kate. E divulgou aquela foto meio família feliz robotizada. Que baixaria é essa? Perderam a vergonha?
Parênteses. Estou assumindo que é IA mas pode ser Photoshop ou Paint. De qualquer forma não é uma imagem livre de edições. Fecha parênteses.
Os caras acharam mesmo que ninguém iria perceber todas as mil camadas de edição? Meus queridos, nós estamos nas redes sociais há mais de duas décadas, só caçando fofoca e briga. E vocês estão na família mais fofocável de todos os tempos. Essa expectativa não bate mesmo com a realidade. No print acima tem uma única análise das possíveis edições. Bicho?!?!?
Quem será que pensou: “vai ser ok a gente meter uma imagem da princesa Kate totalmente adulterada para os plebeus pararem de encher o saco”?. Fica minha torcida pra essa pessoa ser promovida.
Esse é um caso maluco que ainda vai render demais, vou seguir acompanhando os desdobramentos torcendo pelo nosso entretenimento. NOSSO ENTRETENIMENTO OK.
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6) Não tenho fome, mas comeria um negócio
E essa palavra japonesa que representa tanto um sentimento universal? Estou exatamente assim enquanto digito esse ponto final.
Quem me conhece sabe que a Dia Sim, Dia Não é perfeita para pessoas com vontade de comer algo mesmo sem fome. Se você curte tudo isso, apoie a produção de conteúdo da newsletter.
***PS:
Aproveito o momento para deixar boas vindas aos novos assinantes da Dia Sim, Dia Não. Essa newsletter tem apenas uma regra: Dia Sim é quando chega post novo no seu e-mail e em Dia Não nada acontece.
***DRAUZIO VARELLA DO DIA:
E vamos com a seção dedicada ao meu influenciador favorito.
Assisti a esse vídeo do nosso médico Doutor Drauzio Varella um dia depois de fazer uma limpa nos remédios. Tenho certeza absoluta que o fim da humanidade vai ser minha culpa. Me desculpe. Ou me agradeça.
***LINKS PARA PREENCHER O VAZIO DA EXISTÊNCIA:
Chegamos na seção em que eu presto um serviço para você que está com a existência bem vazia. Vamos preencher isso aí com conteúdos, ideias, insights contidos nesses 5 links.
Uma das belezas da internet é ver pessoas comuns realizando sonhos.
***POR HOJE É SÓ
E tá mais que bom. Termina aqui a Dia Sim, Dia Não 146. Um dia a edição 147 vai chegar na sua caixa de e-mails, mas enquanto isso leia mais, realize seus sonhos:
✋ Recado final: se você encontrar algum erro, acerto ou quiser falar comigo por qualquer outro motivo, anote os endereços.
📧 E-mail odavirocha@gmail.com
🗣️ Twitter
📷 Instagram
💭 LinkedIn
👋 Até breve.
meu dia melhorou porque eu descobri essa palavra japonesa, obrigada. longe de mim querer taxar seu conteúdo de educativo, mas aprendo muito com essa newsletter.
David, dou muitas risadas com vc. Olha, eu costumo falar sozinha na rua, mas uma vez aconteceu algo muito constrangedor e hoje fico me policiando.
Fiquei curiosa com esse ambiente de comentários do NYT... Inacreditável que ainda existe um recinto assim na internet.
Gosto muito de ler comentários de vídeos de música no YouTube, pq é muito interessante como as canções batem diferente nas pessoas.
Bjsss