Terça-feira, 9 de fevereiro de 2021, Gil do Vigor estava dentro da casa do BBB. Indicado ao famoso paredão, o personagem tinha seus batimentos cardíacos monitorados por alguma traquitana. Essa situação revelou que o coração do cara bateu 214 bpm, rendendo o print abaixo:
Tenho impressão que esse tipo de coisa está acontecendo com frequência nos lares brasileiros desde o início da Olimpíada de Paris.
Quem me conhece sabe que estou assim e começo até a me preocupar. Embora eu esteja na minha casa, 9 mil quilômetros de Paris, confesso que estou ficando fisicamente cansado nessa segunda semana olímpica. Esse negócio de acompanhar os Jogos, em vários momentos do dia, deve ter alguma influência. E, veja, não tô reclamando, só tô constatando.
Nos dias ginástica com Rebeca Andrade no pódio eu já amanhecia com o coração aceleradíssimo. Cada vez que aquela garota subia naqueles aparelhos, alguma coisa química acontecia aqui e uma aflição me tomava conta. Uma mistura de medo seguida de alívio quando tudo dá certo. E pensar que a gata fica tranquilíssima quando tá fazendo o trampo dela. Aulas.
O pior momento dessa semana final foi a semifinal do vôlei feminino. Os jogos de vôlei de altíssimo nível têm disputas que duram quase um minuto com a bola indo pra lá e pra cá. Nesses momentos eu tenho certeza que minha respiração fica em suspenso. Como fica o negócio da corrente sanguínea? Coisa boa não deve dar. Também não deve ser tão ruim, senão já teria ido ao hospital.
Em certo momento de Brasil x Estragos Unidos o Luis Roberto pediu, num tom de ordem à nação: "muita concentração agora porque precisa virar esse ponto". Eu senti a bronca pra mim, como se minha atenção plena ao jogo fosse crucial para as queridas botarem a bola no chão. Me concentrei como nosso mestre pediu e não é que o ponto veio? Mas depois elas perderam o jogo. Acontece.
Essa Olimpíada está me proporcionando experiências únicas, daquelas que não tem textão de rede social que represente o suficiente. Tipo passar a noite de uma segunda-feira vendo surfistas brasileiros esperando chegar uma onda boa no mar de Teahupoo na Polinésia Francesa. Eu nem sabia onde ficava esse pico no mapa-múndi. Na verdade ainda não sei.
Cada vez que o mar se agitava me batia o desespero pra ver logo o pessoal acertando o tal do tubo com glória e pompa. E o sentimento de revolta que foi ver a onda não vindo e o Gabriel Medina perdendo? Aparentemente isso é ok. Pelo que entendi, os atletas entendem que quando isso acontece é porque o mar “não os escolheu”. Gente!!! QUE PORRA É ESSA? Eu, que mal sei nadar direito, tenho o total direito de me revoltar, não tenho essa paz de espírito, não.
Não sei se já comentei com você, mas não tenho muito conhecimento sobre esportes, ainda mais quando o tópico é lutas em geral. E agora tem luta o dia todo na TV, de manhã, de tarde e de noite tem gente apanhando.
No meio de uma tarde cheguei pra ver um taekwondo. Foi a primeira vez na minha vida que assisti a algo do tipo. E não era qualquer coisa, valia uma medalha de bronze. Não entendi nada de primeira, depois saquei que ganhava ponto quem acertava uma voadora bem dada no outro. Mesmo sem entender picas das regras, passei a dizer: “chuta a cabeça!!!”. Que loucura, jamais diria em voz alta em quaisquer outras quaisqueres.
Agora, absolutamente nada disso chega perto da afliceta que me dá assistir uma luta de judô. É toda aquela concentração absurda, não pode dar soco, ninguém grita, os movimentos são milimetricamente calculados e em questão de segundos o negócio simplesmente acaba. Algo nessa dinâmica deixa tudo muito mais tenso pra quem tá assistindo.
E o pior é que essas lutas acontecem aos montes, uma atrás da outra. De repente é um tempão de coração trabalhando em modo turbo.
Menos pior é a canoagem do Isaquias Queiroz, em minutos ele resolve. O problema é o querido ficar em quinto lugar por 750 metros e disparar só nos últimos 250. Mas chega, vou parar por aqui.
Talvez essa seja um bom texto para reler daqui a quatro anos, para eu lembrar de me preparar melhor, física e mentalmente, para assistir essa caceta em 2028.
Talvez também seja o caso de tirar férias pois tá complicado lidar com todas as demandas da vida ao mesmo tempo. Felizmente não perdi nenhum prazo, sinto que deveria ganhar uma medalha de bronze, afinal o Brasil é o país do bronze. É que bate muito sol por essas bandas.
A inscrição na Dia Sim, Dia Não é gratuita, mas se você for uma pessoa de ouro pode apoiar a produção de conteúdo com uma assinatura paga. Tem para todos os bolsos:
***PS:
Muita gente chegou da última edição para cá. Deixo aqui minhas boas vindas e um combinado: aqui só tem uma regra, Dia Sim é quando tem post, Dia Não é quando sai nada daqui.
***LINKS PARA PREENCHER O VAZIO DA EXISTÊNCIA:
Chegou a seção de links para te ajudar a ocupar o vazio que vive dentro do seu peito com links. É um serviço que eu presto a você, espero que ajude. Hoje trabalho com 6 links.
WOW.
***POR HOJE É SÓ
Termina aqui a Dia Sim, Dia Não 160. Logo, logo, vem aí a edição 161. Enquanto isso, leia mais, não deixe sua busca por conhecimento morrer:
✋ Recado final: se você encontrar algum erro, acerto ou quiser falar comigo por qualquer outro motivo, anote os endereços.
📧 E-mail odavirocha@gmail.com
🗣️ Twitter
📷 Instagram
💭 LinkedIn
👋 Até breve.
eu amei essa edição hahahah, eu estava desse jeitinho em absolutamente tudo!!! foi incrível e já quero mais 😭💚
Maravilhosa essa edição. Eu super me envolvo com as Olimpíadas. Não consigo trabalhar, comer, até as crianças ficaram meio largadas.