É tempo de parar tudo que estamos fazendo em nossas vidinhas bestas para acompanhar a Olimpíada de Paris.
Eleições diversas, meta fiscal, promoções imperdíveis em lojas de bilionários, polarizações dos algoritmos tipo biscoito x bolacha ou CLT x PJ, notícias sobre ex-BBBs, informações sobre o trânsito na cidade, nada disso importa até que a pira olímpica se apague.
Com todo respeito às outras pautas e tópicos importantes não citados, vocês também não importam nos próximos dias. Depois a gente se fala. Teremos todo o tempo do mundo para atualizações sobre a crise climática global e as previsões da astrologia para o futuro da inteligência artificial.
Tudo que interessa no momento é ligar a TV e acompanhar a elite do esporte correndo, arremessando coisas, pulando obstáculos, voando no ar, jogando bolas pra lá e pra cá.
Acordar e ir dormir com imagens ao vivo da Torre Eiffel, Museu do Louvre, Champs Elysees e baguetes.
As últimas notícias sobre o desfile de barquinhos cheios de gente no Rio Sena.
Gols da Marta, rodopios infinitos de Rebeca Andrade, só os braços da Ana Marcela aparecendo naquela doideira de maratona aquática.
Torcer para os adversários do Brasil tropeçarem, caírem, escorregarem, comerem croissant estragado na véspera. De qualquer modalidade ou nacionalidade. Veja bem, eu não quero que essas pessoas morram queimadas ou apanhem na rua, eu quero que elas sejam felizes com suas medalhas de prata enquanto brasileiros e brasileiras ostentam ouro no pescoço.
Nos telejornais reportagens e curiosidades sobre a França, com direito à previsão do tempo para Paris. Eu não quero saber se vai fazer sol no meu bairro, eu quero saber se vai chover ou não na cabeça da Rayssa Leal.
E ó, Deus Algoritmo, por favor, tenha dó dessa pobre alma, encha a timeline com fotos desse tipo:
Outra coisa que aguardo com muita alegria são as curiosidades dos narradores esportivos. Informações do tipo “essa modalidade é a mais praticada na Cochinchina do Norte”, “a Estrombélia do Sul não ganha uma medalha desde o tempo do onça”, “essa atleta começou a treinar depois de superar um trauma e agora é campeã”.
O esquenta nas redes sociais começou há semanas com a importante discussão sobre a roupinha ridícula dos atletas brasileiros na cerimônia de abertura. Como tudo nos dias de hoje, deu a maior confusão com opiniões boas, ruins e denúncias no compliance.
Fora isso, o pessoal já compartilhou agendas com as transmissões das competições alinhadas com o horário de Brasília. Tem de puxar uma salva de palmas para boas almas que se dão ao trabalho de criar coisas de graça, coisa raríssima.
Mas vem muito mais por aí.
Vai aparecer vídeos da Olimpíada do Rio lembrando como o Brasil é melhor em tudo.
Vão surgir os debates sobre atletas com visões de mundo controversas só porque são diferentes das nossas.
Talvez histórias de superação transformem medalhistas em pessoas com milhões de seguidores, que os gabaritaram para serem embaixadores de marcas e participantes de reality show.
Daqui a duas semanas a vida volta ao normal.
Vamos aproveitar.
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***PS:
Deixo minhas boas vindas a quem chegou desde a última edição. Aqui só tem uma regra: Dia Sim tem post, Dia Não não tem nada.
***PS 2:
Sem mais seções, preencha o seu tempo com tudo que puder saber sobre a Olimpíada.
***POR HOJE É SÓ
Tá mais que suficiente para a Dia Sim, Dia Não 158. Volto em breve com a edição 159. Enquanto isso, leia as top 4 últimas edições:
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eu amo aprender as curiosidades no meio das transmissões. ontem, soube que o Peru é o segundo maior do surf na América do Sul e que a tradição do surf começou primeiro lá do que aqui no Brasil! 🤓👆🏼
adoro acompanhar as olimpíadas também, até aqueles esportes de que não faço a menor ideia das regras. 😂😂😂