Entramos em mais uma pira olímpica
E vamos seguir praticamente monotemáticos daqui até 8 de agosto.
Bagdá, a capital do Iraque, fica a 11 mil quilômetros do Brasil. Eu estava com a cabeça bem pra lá de Bagdá no sábado dia 16 de agosto de 2008. Naquela noite, César Cielo ganhou uma medalha na Olimpíada de Pequim. Eu estava no esquenta de uma festa, (uma festa antes da festa, um conceito ímpar entre os jovens) e mesmo assim lembro como se fosse ontem, todo mundo parou em frente a uma TV para ver o cara na piscina.
Sexta passada a tenista Naomi Osaka acendeu a nova pira olímpica em Tóquio, dando à humanidade a chance de entrar em mais uma pira olímpica. Em tempos de eterna pandemia, a Olimpíada é um alento na programação da TV. Tem dia que a programação gravada parece ter se esgotado. Depois parece que os programas ao vivo também irritam pois são todos iguais. A Olimpíada a gente pode ter certeza de que não vai se repetir tão cedo. O fuso horário dos Jogos não ajuda muito, mas quem quer arranja tempo.
Nestes primeiros dias de Jogos vi todo um variado cardápio de transmissões esportivas. Futebol, vôlei, ginástica, basquete, surfe, skate, judô, taekwondo, talvez tenha visto mais alguma coisa e esqueci. Taekwondo eu confesso que fui no Google ter certeza se estava escrevendo corretamente e espero não ter errado aqui no CTRL V.
Ver esportes como vôlei, basquete, judô, ginástica, é como revisitar um velho costume. Com detalhe que sempre tem algo diferente rolando, então é como se fosse necessário aprender algumas coisas novas enquanto vamos lembrando das mesmas regras de sempre.
Assistir ao surfe ao vivo é uma novidade um pouco estranha. Primeiro porque nunca teve surfe nos Jogos, segundo porque eu nunca tinha visto surfe ao vivo. Embora já tenha gastado boas horas da vida vendo o canal Off, a melhor proteção de tela que tem. Quando frequentar academia não era uma ameaça mortífera, eu pedia para colocar no canal Off. Saudades. De qualquer forma, não era nada ao vivo.
Ficar vários minutos vendo imagens aéreas de uma praia e pequenos pontinhos de gente esperando a onda chegar é meio monótono no começo. Ainda mais com um celular nas mãos. Talvez se eu estivesse sem bateria a experiência teria sido melhor. Com o tempo, comecei a xingar a porra da praia que não liberava logo as ondas pra galera dar o seu melhor. Ou seja, logo peguei o espírito da coisa.
O skate eu não tinha ideia do quanto é legal assistir. Ver aquelas pessoas todas subindo, descendo, voando, rodando no ar, raspando nos corrimões e caindo é uma das melhores coisas que tem. Sempre com a força do amor e do ódio, claro. Foram as doses cavalares de um patriotismo exacerbado e casual em que torci para o Kelvin e todas as brasileiras que apareceram. E uma torcida surreal pra todo o resto se lascar.
Nem vi o tempo passar. De repente eram duas horas da manhã de uma noite de sábado para domingo e eu desejava absolutamente tudo de melhor para o Kelvin, que oito horas antes eu não sabia quem era. O que me mostra o quanto sou ignorante.
O auge de tudo foi lá pelas duas de domingo para segunda, quando a Rayssa Leal me fez ter certeza de que é muito legal ser brasileiro. E de um jeito que parece ser muito fácil, muito simples. Eu torcendo em casa e ela, uma menina de 13 anos arrasando como se estivesse brincando no quintal de casa. Claro que não é isso. O que rolou foi o resultado de um esforço absurdo e muito trabalho e tals, mas dá impressão que ela nem percebe tudo isso. Espero que assim seja.
Foram fortes emoções só nos primeiros dias e tem mais duas semanas pela frente. Vamos seguir praticamente monotemáticos daqui até 8 de agosto.
***MISTÉRIO DO DIA
Na edição passada da Dia Sim, Dia Não o grande mistério foi: quais as cores da planta chuva de prata? E a resposta é várias cores, mas as mais comuns são roxa e rosa. Quem diria, uma pegadinha!
E agora vamos ao mistério de hoje: qual o tamanho da pira olímpica? A resposta eu conto na próxima edição da Dia Sim, Dia Não.
***TWEETS DO FDS
No primeiro fim de semana de pira olímpica o Twitter mais uma vez teve papel fundamental. É ali que a gente que não tem força suficiente para colocar as mãos numa bolinha de papel passamos horas opinando e rindo sobre tudo que passa na TV. Esses foram alguns dos 9 melhores desse fds:
***POR HJ BASTA
Por hoje acabou, preste atenção nos Jogos Olímpicos, mas se quiser leia mais edições da Dia Sim, Dia Não.
Erros de digitaãço são a escrita em sua melhor forma
Só a comédia mesmo pra curar alguma coisa
100 dicas de descuido para ter uma vida melhor
Só pra quem tem síndrome do impostor
Quanto menos roupa na TV, melhor pra todo mundo