Sábado me peguei pensando quem é o Saruel da calça saruel? Por que o tecido da calça dele precisa ir tão abaixo da bunda? Não queria saber as respostas, Deus me livre de ter respostas para todas as perguntas. O que me interessava mesmo era ter um lugar para dar vazão a essas questões imediatamente. Não tinha Twitter pra isso.
Reparei que já tem chocotone e panetone no supermercado. Os estabelecimentos já estão vendendo pacotes para as festas do Ano-Novo de 2025. Dois tópicos prontos para virar conteúdo naquele pântano em forma de rede social.
Estava esperando o metrô chegar sem ter uma rede social boa pra me acompanhar. Abri o site do jornal Folha de São Paulo pra ficar scrollando as notícias. Depois pulei pra home do Estadão. Felizmente chegou o metrô, senão logo voltaria para a Folha e de lá para o Estadão e assim por diante. Talvez tenha de considerar clicar nos títulos e investir leitura dos textos inteiros na próxima vez.
Domingo de manhã estava vendo Globo Rural quando vizinhos começaram a brigar e não tinha mais Twitter pra compartilhar o causo. Imagine publicar isso em um stories? Que coisa absurda. Tive de me comunicar com outros vizinhos para compartilhar e opinar sobre.
Tudo isso sem contar o fator surpresa. É estranho não topar com algumas coisas muito especiais e particulares do Twitter. Ter contato com argumentos delirantes, exagerados e muito dramáticos sobre assuntos sem a menor importância. Ficar sabendo o que aconteceu nos programas da TV que não assisti nem jamais me daria ao trabalho de ver. Do nada me pegar lendo threads ruins com dicas ou curiosidades inúteis que acabam em plublis de bet. Ver o pessoal do espectro político conhecido como esquerda compartilhar com prazer as últimas novidades da extrema direita. Quem diria que esse tipo de coisa iria fazer falta.
Nesta segunda já aconteceu o CTRL T + T no Chrome. Dei com a cara na porta. Fui obrigado a ler a mensagem “Não é possível acessar esse site. Verifique se há um erro de digitação em twitter.com.” É mole?
Depois arrumei o que fazer durante o primeiro dia útil sem Twitter desde que comecei a trabalhar. Nunca, em toda minha vida laboral, houve um dia sem o apoio do Twitter entre uma tarefa e outra. Nunquinha.
Faz tempo que o fim do Twitter como conhecemos se anunciava, eu mesmo escrevi um obituário em abril de 2024 aqui na newsletter. Inclusive, quero deixar minha opinião sobre o bloqueio: concordo com o Alexandre.
Mesmo assim tenho total direito de sentir falta do Twitter. Daqui a pouco passa, tudo na vida passa, nem que for por cima da gente.
Aproveite o Setembro Amarelo.
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***PS:
Estive muito ocupado nas últimas semanas, tanto no pessoal quanto no profissional. Tudo indica que as edições serão mais frequentes daqui para a frente. Mas não garanto.
***PS 2:
Chegou bastante gente aqui desde a última edição. Deixo minhas boas vindas e lembro que tem apenas uma regra por aqui: Dia Sim é quando tem post, Dia Não é quando não tem nada. Espero que você se divirta lendo o mesmo que eu me divirto escrevendo.
***LINKS PARA PREENCHER O VAZIO DA EXISTÊNCIA:
Em toda edição trabalho com links que vão mexer com o seu coração, a ideia da seção é ajudar a ocupar o vazio do seu corpo e mente com outros links. Hoje são 5.
***POR HOJE É SÓ
Termina aqui a Dia Sim, Dia Não 161. Em algum momento a 162 chega no seu e-mail. Enquanto isso, leia mais:
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👋 Até breve.
eu já tinha abandonado o twitter, então o bloqueio não me afetou muito… quanto aos panetones, no mercado em que vou, tem o ano inteiro.
Já foi tarde esse x