As vozes da Síndrome do Impostor já cantaram na sua mente hoje?
E pontes que não levam a lugar nenhum.
Boa tarde, com licença, boa tarde a todos, todas e todes. Boa tarde. Olá, boa tarde. Com licença. Vamos lá, então. Mais uma vez: boa tarde. Eu gostaria de começar essa newsletter fazendo uma provocação.
Será que hoje vão saber que você só está onde chegou por pura sorte? Eles terão o poder de descobrir o quanto você não tem a menor ideia do que está fazendo da própria vida? Pior, o pessoal já sabe, resta saber se jogam na sua cara agora ou mais pra frente.
Pense bem.
O seu cancelamento vai ser amanhã mesmo ou semana que vem? Você vai perder todos os seguimores, o engajamento vai pro fundo do poço.
Opa, epa, eita, pera, parou aqui.
Meu anjo, minha anja, espero que nada do que está nos parágrafos acima tenha te afetado. Exceto o boa tarde, pois eu desejo a você uma ótima tarde.
Lembre-se essa newsletter não é uma indireta e eu não te conheço.
Mais do que isso, essa publicação se chama Dia Sim, Dia Não e eu uso a palavra bobajada em sua descrição principal.
Dito isso, as vozes da Síndrome do Impostor já cantaram na sua mente hoje? Normal, depois que elas fizerem o showzinho siga com sua vida. Se precisar procure ajuda, sempre.
Eu resolvi trazer à baila este assunto tão importante pois fui assistir Asteroid City, o novo filme do diretor cultíssimo Wes Anderson. Tão cult que quase não tinha ninguém na sala do cinema. Mais precisamente seis pessoas estavam lá (contando comigo) e uma delas foi embora quando começou o terceiro ato do filme, sem saco pra ver o final.
Mas isso não importa. O que nos interessa aqui é uma ponte inacabada. No cenário onde acontece a fábula de Asteroid City existe uma ponte que começa no chão mas não leva a lugar nenhum. Olha uma foto do trambolho:
Tem gente que pensa "puxa vida o cinemista inventa cada coisa, ele tem uma cabeça". Aqui é que essa galera toda se engana.
Eu já estive em um viaduto inacabado. Em uma festa nesse lugar. O ser humano tem gostos peculiares. Um dia uns queridos botaram um som, levaram umas bebidas, chamaram uma galera lá e assim foi feita uma festa em cima de uma obra arquitetônica inacabada. Por sorte o consumo de drogas foi o básico de todo ambiente de música, mas não a ponto de terminar com vítimas. E a festa foi top, afinal jovem se contenta com pouco.
E não para por aí. Existem dezenas, talvez centenas, de obras como essas inacabadas nesse mundão que não acaba mais. Aí vale tudo viaduto, passarela, ponte.
Te convido para fazer uma volta ao mundo em alguns scrolls. A seguir imagens da Alemanha, Argentina e Estados Unidos.
Já acabou a viagem pois o Substack tá falando que o e-mail vai ficar muito longo. Longe de mim atrapalhar a experiência.
Se tiver interesse busque conhecimento e veja obras do tipo em todo o mundo: Peru, China, Índia, Espanha, Rússia, Romênia, Nova Zelândia. Neste artigo da Wikipedia me chamou atenção para a quantidade delas no Reino Unido. Parece que não é de hoje que a realeza não se importa muito com esse tipo de gasto. Várias destas obras estão soltas no Brasil, em grandes e pequenas cidades, claro.
Essas pontes ou viadutos que levam de nada a lugar algum às vezes estão ali por causa de guerras e outras coisas terríveis. O que é muito ruim, claro. Às vezes pois as obras foram abandonadas no meio do caminho por gente totalmente incompetente. Também horrível.
Aí que eu volto para a Síndrome do Impostor.
Pense só. Uma ponte é um negócio para facilitar a vida de milhares, talvez milhões, de pessoas. Não dá pra simplesmente alguém construir um negócio pela metade e sair fora. E quem precisava só das duas metades acabadas? Não se atravessa mais o rio? Quem tá de um lado não vai mais encontrar quem tá do outro? Imagine negócios e amizades prejudicadas.
Quer dizer, se tá cheio de gente incompetente e tóxica no mundo com coragem de fazer trabalho pela metade, por que justo você vai deixar a Síndrome do Impostor te dominar?
Vamos a mais exemplos: repara na quantidade de pilantra solto nas redes sociais. Lembra dos bilionários fazendo tudo que está aí nas mesmas redes sociais.
Se esses exemplos não te convencerem, pensa na equipe do ex-presidente do Brasil que tentou apagar provas de diversas coisas super ilícitas dos e-mails. Só esqueceram de esvaziar a caceta das lixeiras... Se esse exemplo não te der uma força… não sei mais o que dizer.
Boa tarde.
Se você está luta contra a síndrome do impostor todos os dias, assine a Dia Sim, Dia Não e se distraía com outras coisas. Trabalhamos com preços para todos os bolsos e bolsas, saiba mais abaixo:
***DRAUZIO VARELLA DO DIA:
E vamos com a seção dedicada ao meu influenciador favorito.
Normalmente concordo e defendo e aprendo muito com o nosso médico Doutor Drauzio Varella. Porém eu sou honesto e tenho princípios. No vídeo que compartilho essa semana o Drauzio diz: “eu não sou bom de férias, tirei poucas férias na vida e foram sempre muito curtas”. Poxa vida… péssimo exemplo, um homem tão bom, tão trabalhador, que já fez tanto por mim e por você que está lendo isso aqui, deveria cuidar mais das férias. Fica o registro da minha discórdia. E tire férias!!!
Porém, vale ressaltar que aos 6m45s ele responde uma pergunta sobre o que acontece quando a nossa cabeça quando chegamos aos 80 anos. Ele disse uma frase que me fez GARGALHAR: “Eu vejo meninas de 30 anos falando ‘ah tô ficando velha, já fiz 30 anos’, eu digo ‘30 anos, não seja ridícula”. RIDÍCULA!!!
***LINKS PARA PREENCHER O VAZIO DA EXISTÊNCIA:
E chegou a hora que eu te ajudo a te ajudar. É a seção da Dia Sim, Dia Não com links selecionados por mim para fazer esse vazio que está dentro do seu peito ser preenchido com links da internet. Hoje eu trouxe 5 links:
Descobri que o PICLES está em alta no TikTok. Vê se pode.
E agora inventaram os artistas classe média, os que não chegam a ser banda de barzinho flopado, mas não vão alcançar fama e sucesso de massa.
“O termo saúde mental é problemático para a psicanálise, porque ele faz supor que a gente possa ter um estado de saúde mental. Ou seja, que a gente possa entrar num certo platô, onde não vai ter nenhum sintoma, nenhum mal estar”, Vera Iaconelli no Café da Manhã da Folha.
Por falar nisso, Snoop Dogg falando sobre saúde mental.
***POR HOJE É SÓ
Chega ao fim a Dia Sim, Dia Não número 124. Mas não chore agora, tudo indica que a edição 125 vem aí. Enquanto isso, leia mais, compartilhe mais, seja feliz:
Eu uso esse argumento de quanta gente incompetente tem por aí todo dia haha deveria servir de consolo? Não. Mas funciona demais. E eu imagino que nesses filmes de diretores muito específicos, sempre tem alguém que caiu de paraquedas, sabe? Um adolescente que decidiu matar aula no cinema, uma senhorinha desfrutando do desconto da terceira idade e pow, toma um homem obcecado por tons pastel na cara. Eu queria ser uma mosquinha na cabeça dessa pessoa pra entender o estado de confusão mental que deve ser ver um Wes Anderson, um Almodóvar da vida sem qualquer hype, sem qualquer noção, só se deixando levar ☺️