Você tá aí com uma pilha de pepino pra resolver e de repente o mundo vira uma grande colônia de fungos que transforma seres humanos em zumbis. Só faltava essa.
E os tais zumbis estão a fim de se reproduzir no corpo de quem fica por aí dando mole. Seus dias obviamente estão contados, mas não te disseram quantos serão os dias. Meio que você nunca vai ficar sabendo até quando vai.
Puxada essa situ. O que fazer? Não vai ter coach sem formação pra dar uma força.
Não sei você, mas eu comecei a ver The Last of Us como quem não quer nada. Peguei do capítulo quatro em diante porque não se falava em outra coisa no Twitter, no Instagram - sem contar o trailer passando sem parar antes de todo vídeo de YouTube. Aí comecei a reparar em elogios da galera que eu gosto. E pensei: ok, por que não enfiar mais um conteúdo guela abaixo da minha mente?
Deixa eu abrir uma aba.
Eu não mexo com videogames em geral. Eu sei que games são maravilhosos e eu corro o sério risco de não fazer mais nada em minha vida besta, só ficar jogando o dia todo. Então não tinha muita noção do que se tratava a tal série. Nem fui atrás, seguindo meus princípios.
Pronto, fecha a aba.
Qual não foi minha surpresa ao perceber que essa série não é sobre zumbis????? E tem mais. Creio eu que é uma das melhores que já vi (ainda não tenho certeza). De qualquer modo, fiz minhas anotações num arquivo que chamei de: “como sobreviver a um inconveniente ataque zumbi nunca se sabe quando vai acontecer”.
Primeiramente, abandone suas tarefas, nada mais será do mesmo jeito.
Não use o Excel para mais nada.
Não confie em quase ninguém.
Prepare-se para correr assim que possível, mas enfrente os problemas de frente.
Elimine todas as pessoas tóxicas do seu convívio. Se todas forem muita gente, se vire.
Tome uma tacinha de vinho quando uma delas estiver disponível. Também vale para uma xicrinha de café.
Lembre-se que a turma sempre vai arrumar um motivo para brigar e se matar.
Vá ao shopping quando precisar, porém muito cuidado com alguns frequentadores desagradáveis.
Leia para esquecer os problemas.
Encontre uma ou mais motivações para sua vidinha besta. Ou deixe que elas apareçam e saiba que são pra você.
Nunca, em hipótese alguma, abandone o barco. Não vale a pena, já que te deram essa oportunidade siga se divertindo até o final. Barco no sentido figurado pois no literal talvez seja mais complicado.
Fale bastante em voz alta. Mas só quando seus algozes não estiverem por perto.
Decore trocadilhos e repita-os com seus chegados. Exemplo: “Como um computador fica bêbado? Com screenshots”.
Faça essas coisinhas ou você vai ficar como o fera da foto abaixo:
Tenho uma vizinha que por fora até que disfarça bem, mas por dentro já está desse jeito, completamente podre.
***PS:
Lembrando que meu amigo Nicolas Vargas está lançando um livro, clique aqui para saber o nome do livro. E, você não vai acreditar, eu escrevi o prefácio. Vê se pode uma coisa dessas. Participe do Catarse e garanta já o seu exemplar.
***PS 2:
E o Oscar, hein? Pro terror dos chatos Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo ganhou sete carecas de ouro. SETE.
Escrevi sobre o filme aqui na Dia Sim, Dia Não em julho de 2022 e continuo com a mesma dúvida: será que estou em um multiverso chato?
Ainda sobre o Oscar, não vi a cerimônia pois não sou do sindicato e não tinha nenhum compromisso formal com a festa esse ano. Mas essa foto é boa demais:
***POR HOJE É SÓ
E tá ótimo. Esta foi a Dia Sim, Dia Nãa número 97. Em breve chega a edição 98 no seu e-mail. Enquanto isso, aproveite que você ainda não é um zumbi e leia mais:
E com esse texto, lá vou eu começar mais uma série e, provavelmente, me arrepender de não ter começado antes.