Qual a sua sequela da pandemia? Aquela que não tem a ver com doença
Aquela, você sabe qual é.
Chegamos ao dia 23 de dezembro. Em pleno ano 2021 depois de Cristo, o Jesus. Tudo indica que você aí lendo este texto é uma pessoa viva. O que, sinceramente, eu considero uma vitória e tanto. Parabéns. Eu espero que, a essa altura do campeonato, você não tenha pegado covid ou outra doença pestilenta nessa merda. Se infelizmente tenha passado por esse infortúnio, espero que esteja 100% firme.
Mas e aí: qual a sua sequela da pandemia? Aquela que veio e não foi. Aquela que de repente você quer que fique, não me leve a mal. Tenho reparado em algumas bem peculiares.
Eu, por exemplo, estou com excesso de nostalgia. Semana retrasada, por exemplo, eu me peguei assistindo Matrix. O primeiro. No cinema. Gastando dinheiro com um negócio repetido e antigo, vê se pode uma coisa dessas. Eu tinha impressão de que o filme era esquisito, com aquela filosofia meio distópica, meio poesia urbana (tipo mais amor, por favor), com aquelas lutas em câmera lenta, e a ideia de que no futuro todo mundo vai usar roupas pretas de couro e uns trapos meio rasgados. Fiquei pensando que, talvez, se eu visse o filme de novo poderia mudar de ideia. Vi o filme revolucionário e não mudei nada de ideia, é isso mesmo.
Uma sequela presente em todas as redes sociais é essa mania de falar é sobre isso e tá tudo bem para qualquer coisa. Já estamos na beirada de 2022 e esse cacoete da internet ainda não desapareceu. Eu entendo que é de suma importância ter um bordão pra chamar de si, mas custa arrumar outro??? A gente sabe que não está tudo bem coisa nenhuma. Se liga, hein. E obrigado por tanto.
Noves fora, não consigo mais tirar o costume de mandar pra dentro bolacha wafer. Em algum momento dessa distopia desgraçada eu entendi que foda-se tudo, iria comer wafer sempre que quisesse e pronto. Depois enjoei. Depois desenjoei. E sigo perseguindo essa maravilha chamada wafer, não importa o sabor. E agora, como que faz? Pelo amor de deus, indústria alimentícia, não suba o preço dessa parada.
Tem também o cento de salgados. Eu sempre penso na possibilidade de pedir um cento de salgados quando um grupo de pelo menos quatro pessoas se reúne. Dependendo do dia sobra e é possível fazer o famoso *pratinho* com os restos da reunião para comer nos dias seguintes. Quer coisa melhor? Inclusive, recomendo.
Esses dias que reparei que um vizinho passou a imitar os cachorros do bairro. Funciona assim: um cachorro late, passa um tempinho ele imita o latido. Outro dia eu tava na rua e um ambulante fez a mesma coisa. Se isso não for uma sequela da pandemia, eu não sei mais de nada.
Passou na timeline do Twitter um rapaz jurando que em janeiro vai largar a bebedeira pra malhar e viver de frango, batata e whey. Mais uma sequela evidente, manifestada em forma de promessa. Eu nem conheço o rapaz, mas tenho certeza disso.
Por falar em Twitter, lembra do pessoal falando que São Paulo é uma cidade bonita? Depois outro pessoal feroz dizendo que a opinião dos outros estava errada? Enfim.
Bota uma lupa na mão e a gente começa a reparar que até as celebridades são humanas e estão com seus problemas, dos mais simples aos mais estarrecedoras. Teve o Roberto Carlos dirigindo pelas ruas do Rio de Janeiro sem gasolina. Os famosos da web naquele evento da Gkay beijando, beijando, beijando, evidentemente botando algumas coisas pra fora. E o que dizer da variante Tiago Leifert??? Ali o negócio é gravíssimo, doutor.
Talvez a maior mudança de nossos tempos seja o TikTok e a epidemia de dança que está tomando conta de 9 em cada 10 lugares públicos. É aquela coisa, bobeou, olhou pro lado, dançou uma trend. Literalmente em qualquer lugar. Literalmente falando no mais puro uso da palavra literalmente. Essa sequela sou a favor que fique.
***MISTÉRIO DO DIA
Na última Dia Sim, Dia Não o grande mistério foi: qual o livro mais vendido do momento? E de acordo com a Amazon, no momento em que eu entrei na loja, e fica aqui combinado que era este o “momento”, o livro mais vendido do Brasil é O homem mais rico da Babilônia. Rapaz, com este título até eu quero saber o que esse homem tem tanto para contar. Na verdade talvez eu não queira saber.
Agora vamos ao mistério desta edição: quando será que vem a próxima edição desta Dia Sim, Dia Não??? Esta eu mesmo quero saber e também não sei.
***OUÇA O QUICANDO
Na última Dia Sim, Dia Não, há quase 3 semanas menina o tempo voa, eu contei que estava no ar a nova temporada do Quicando, podcast que apresento junto com minha amiga Juliana Kataoka. Pois bem, já foram 3 episódios pro ar e amanhã tem o programa especial de Natal. Sim, o país nessa situação e especial de Natal.
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***POR HJ É SÓ
É isso aí. Vamos ficando por aqui, eu por aqui e você por aí (que é o seu aqui). Essa foi a trigésima segunda Dia Sim, Dia Não. Enquanto a trigésima terceira não fica pronta, leia as edições anteriores: